20 de jan. de 2013

Li ontem no Globo que a Dilma não aceita mais negociar no PMDB.

Tudo bem que a fonte é um tanto questionável, já que não existem gravações, a informação foi obtida por terceiros e Dilma pode nunca ter dito para sua secretária "mandar o Temer a merda porque eu não aguento mais ceder cargos para o PMDB", mas o fato é que não é de hoje que nossa presidenta tem mostrado grande irritação com o crescimento exagerado do PMDB, o mais tradicional partido governista do Brasil, com mais de vinte anos de base aliada.

Esse desentendimento, quando a eleição já bate à porta, só serve para deixar o jogo mais interessante. Afinal, é impensável um governo funcional sem a ajuda de Sarney e cia, que agora exigem presidir as duas casas do Congresso Nacional.

A maneira como Dilma vai manejar os interesses de seu aliado é determinante para suas pretensões políticas. Afinal, se o PMDB não possui um nome com força nacional para fazer frente ao PT nas eleições presidenciais - forçando um pouco a barra a gente encontra o Cabral e olhe lá - eles possuem uma bancada grande o suficiente para tornar a segunda metade do mandato da presidenta uma zona, dificultando muito sua eleição. Principalmente se olharmos a figura de Eduardo Campos, que se agiganta no Nordeste - justamente o mais tradicional dos redutos petistas - e já começa a se tornar um nome de peso para a próxima eleição.

As peças já estão postas e os jogadores estão preparados, mas por enquanto o desfecho é imprevisível. Mas é bom já ir esquentando a pipoca.