4 de ago. de 2011

Estranho mas não muito

Hoje prometia. Prometia ser um dia bem chato e dentro do normal. E de fato, fora uma ou duas violações isoladas  e perfeitamente justificaveis da lei da gravidade, foi um dia absolutamente chato e normal. De chatice e normalidade irretocaveís. Irrepreensíveis. Seriam nota 10 se não fossem tão aborrecidos, o que é quase um elogio em termos de chatice.

Veja bem, hoje tudo corria dentro da maior normalidade. Até mesmo as violações perfeitamente justificaveis da lei da gravidade foram perfeitamente normais, visto que eram perfeitamente justificaveis. E o Jobim, por exemplo, foi demitido, como já era de se esperar. Aliás, foi demitido não, demitiu-se. Ministros nunca são demitidos, se demitem. Deve ter algum tipo de código de honra ministerial, como existia o dos samurais, que diz que se você for derrotado, vale mais a pena se demitir. Como se sair dizendo "não tô mais afim de brincar!" fosse capaz de apagar todas as cagadas feitas ao longo do caminho.

Pois bem, quem diria que, justo no ápice da chatice e da normalidade do dia de hoje, o imponderável abriu uma pequena brecha para atuar. Senhoras e senhores, acreditem ou não, nosso novo ministro da defesa é, nada mais nada menos que: Celso Amorim.

"Mas esse cara não era o chanceler do governo Lula?" você deve ter pensado. E sim, ele realmente era o chanceler do governo Lula. Se isso não pode ser considerado uma brecha do imponderável, há de se convir que é algo no minímo inusitado. Inusitado sim, mas não completamente imbecil e impensado.

Em primeiro lugar, é importante ressaltar que, mesmo sem fazer nada, Amorim possui neurônios e é capaz de utilizá-los de maneira eficaz e com grande competência, o que é uma larga vantagem em relação ao seu antecessor, conhecido por, digamos assim , assumir posições controversas e dar declarações impensadas em momentos inoportunos. Um gentleman.

Ter um diplomata no comando do exército deve mudar algumas coisas. Acredito que a compra dos caças franceses, por exemplo, ficará (ainda) ainda mais complicada. Não é só porque o Jobim que estava mais inteirado do assunto (ou não, sei lá), mas principalmente pela formação do novo ministro, muito menos belicista que o seu antecessor. Porém, nem tudo deve ser ruim. A tal comissão da verdade, por exemplo, pode finalmente sair. E o Brasil pode abandonar a missão da ONU no Haiti, a qual, até onde sei, nunca agradou muito o novo Senhor da Guerra ministro.

Em absoluto, quem não deve ter gostado muito dessa brincadeira foi o PMDB, que perdeu um ministério e, de quebra, viu ele ser ocupado por um petista. Amorim era filiado ao PMDB, mas virou a casaca tem uns anos já.

Essa escolha também põe em xeque a independência de Dilma. Justamente no momento que ela vinha ganhando força junto a opinião pública com a faxina promovida no Ministério dos Transportes, ela coloca no cargo um ex-ministro do Lula. Será que a coisa tá tão feia que não tinha mesmo nenhum militar melhor qualificado?

Enfim, foi algo inusitado com certeza, mas inusitado não é e nunca foi sinônimo de incompetência. Podemos lembrar de um sociólogo que, no comando do Ministério da Fazenda, criou um plano que até hoje faz sucesso estrondoso.

Em tempo: Como será que a oficialidade do exército vai reagir ao comando de um diplomata? Espero que eles não fiquem sabotando o Celso.

31 de jul. de 2011

Visite o Potemkin e traga um amigo

Hoje é o último dia do mês. Coincidentemente, faltam apenas 55 visitas para quebrar o recorde de visitas em um único mês no Potemkin. Por isso, eu queria pedir à todos os leitores que visitam o blog que o indicassem p um amigo (é fundamental pedir para esse amigo indicar o blog para outra pessoa) e ver se dá em alguma coisa.

Se der certo, eu farei posts destrinchando as estatistícas do blog, o que é bem mais divertido do que parece.

Update: CONSEGUIMOS!!!! Em menos de duas horas as visitas foram alcançadas!!!! Obrigado a todos que participaram!!!