19 de jun. de 2014

E se os deuses gregos jogassem futebol?

Todos estamos familiarizados com a rica mitologia grega do período clássico, uma época na qual ainda não existia o futebol. Isso não significa que os gregos ficavam sem se divertir, óbvio, mas sim que eles precisavam buscar outras formas de diversão, como o sexo, as guerras e a filosofia. Por este motivo, infelizmente, uma das perguntas mais angustiantes ainda estava sem resposta até agora: em que posição jogariam os deuses gregos em um time de futebol?

Antes de prosseguirmos, uma observação: esse é o time masculino, então não entram aqui figuras como Hera, Afrodite e Atena, para ficar nas mais conhecidas.

Goleiro: Hades.
A posição de goleiro é tão maldita que nem a grama cresce dentro da área. Ok, hoje em dia até cresce, mas vocês entenderam o espírito. O goleiro é, tradicionalmente, o renegado de qualquer time de futebol e ninguém encarna melhor esse espírito que Hades, o senhor das profundezas. Ele não vive no Olimpo, junto com os demais deuses, mas sim no mundo inferior, onde domina tudo. Ali, separado do resto, possui um poder tamanho sobre seus domínios que pode até tocar a bola com as mãos. Costuma crescer nos torneios de mata-mata.

Lateral direito: Hermes.
Envergando a camisa 2 deste escrete mitológico está o mensageiro dos deuses. O mais veloz dentre todos eles, apóia o ataque e marca na defesa de forma incansável, entregando bolas nas cabeças de seus companheiros com cruzamentos extremamente precisos. O deus protetor dos ladrões também rouba bolas com uma facilidade incrível, sendo um dos pilares da fabulosa defesa grega.

Zagueiro pela direita: Ares.
Xerifão e camisa 3 do time, o deus da guerra combate seus adversários de forma implacável, sendo conhecido pela sua raça em campo. Temido por lutar todos os 90 minutos  de forma incansável, defendendo a meta de Hades como um espartano defende as Termópilas, o zagueirão as vezes exagera na força dos seus carrinhos e acaba levando, junto da bola, uma das pernas de seus adversários.

Zagueiro pela esquerda: Pan.
Aparentemente, não seria a escolha adequada. Afinal, possui baixa estatura, pernas tortas e cascos. Apesar disso, ele se provou extremamente eficaz na jogada área graças aos seus chifres, muito bons para afastar a bola da área e para usar no peito dos adversários. Sua arma secreta é o seu temido berro, que faz com que mesmo os mais experientes adversários saiam correndo de medo. Contra ele está o fato que as vezes some de campo, o que faz com que todos os sátiros da Grécia saiam em busca dele, causando grandes engarrafamentos e outros inconvenientes, como derrotas em jogos decisivos.

Lateral esquerdo: Poseidon.
Camisa 6 e capitão da equipe, o deus dos mares é o grande líder do time dentro de campo. Apoia e defende com grande vigor. Quando vai ao ataque, causa um terremoto nas defesas adversárias, as vezes de forma literal, trazendo grandes baixas aos times e torcidas rivais. Famoso por seu temperamento curto, é freqüentemente visto dando broncas nos companheiros, brigando com os adversários, discutindo com o técnico e tentando expandir seus domínios. Ao contrário da maioria dos jogadores, joga melhor com o campo encharcado.

Cabeça de área: Hefesto.
Apesar de ter uma perna menor do que a outra, não recebeu a camisa 7 do time, mas sim a camisa cinco e junto dela, a função de ser o operário do time. Hefesto trabalha duro lá atrás para que seus companheiros mais habilidosos possam jogar despreocupados na frente. Abnegado, corre o jogo todo e conta com sua feiúra para assustar os avançados rivais. Todavia, apesar da experiência, costuma entrar na pilha das torcidas adversárias quando elas começam a cantar "Ô Hefesto, como é que é? O Ares já comeu sua mulher!"

Camisa 8: Hélio.
É a carruagem que conduz o time grego no ataque e na defesa, sendo responsável por iniciar a armação das jogadas e também por auxiliar Hefesto no combate no meio de campo. Com isso, vai e volta pelo gramado o jogo inteiro, de forma incansável. Hélio parece estar em todos os lugares ao mesmo tempo e nada que acontece no jogo escapa ao seu conhecimento, o que fez com que ele se tornasse elemento vital para o sucesso do escrete grego. Possui no entrosamento com Apolo um de seus pontos fortes.

Armador: Apolo.
Elegante ao extremo, Apolo é um meia armador clássico, com excelente leitura de jogo. Sua capacidade de prever o posicionamento dos seus companheiros e dos adversários, aliada a sua lendária pontaria, faz com que ele seja capaz de dar passes e lançamentos precisos que, em geral, terminam em gol. Além disso, chuta muito bem de longe, com as duas pernas, sendo uma das mais perigosas armas do escrete grego. É o batedor de faltas e escanteios do time.

Ponta direita: Bóreas.
O vento norte é o camisa 11 desta equipe fantástica. Dono de uma velocidade inacreditável, forma com Hermes uma dupla infernal pelo setor direito do ataque grego, que causa dores de cabeça e resfriados nos adversários mal-agasalhados. Tido como um dos jogadores mais frios da equipe grega, cresce nos momentos decisivos e nos grandes jogos, nos quais costuma entrar voando. 

Centroavante: Heracles.
Nascido mortal, o camisa 9 também é filho de Zeus e foi tornado divindade após sua morte em honra aos seus grandes feitos. Jogador de força, rompe as defesas adversárias com muita facilidade e rebate as críticas de que só seria titular por ser filho do técnico com um instinto letal dentro da área e também argumentando que metade do time também o é. De excelente cabeceio e chutes potentes, é um matador nato conhecido por exterminar as defesas adversárias e o Leão de Neméia.

Ponta esquerda: Dioniso.
Apesar de ter as duas pernas do mesmo tamanho, Dionisio possui a responsabilidade de carregar a pesada camisa 7 do selecionado grego. Absolutamente caótico e raramente visto sóbrio, Dioniso toca o terror nas defesas adversárias, driblando seus rivais de todas as formas possíveis e de algumas outras ainda não criadas. Costuma desdenhar dos seus adversários e é conhecido pelas festas que dá na concentração, que são o pesadelo de qualquer treinador.

Técnico: Zeus.
Grande comandante do time grego, Zeus é o responsável por amar o time e escalar os jogadores. Extremamente preocupado com a parte tática, ensaia cobranças de falta e de escanteio exaustivamente. Graças a ele, seu time tornou-se imbatível no jogo aéreo. De temperamento curto, grita o tempo inteiro à beira de campo e as vezes, por isso, acaba criando tempestade em copo d'água. Em algumas ocasiões, todavia, as tempestades são literais, o que gera condições de jogo perfeitas para Poseidon. Apesar de ser o treinador do time, é visto escapando da concentração com freqüência, mesmo sob cerrada vigiliância de Hera, sua esposa.