1 de ago. de 2012

Existem certas coisas que o dinheiro não compra. Márcio Thomaz Bastos acaba de descobrir isso da pior maneira possível.

Há alguns meses atrás ele foi contratado por fabulosos 15 milhões de reais para defender o notório contraventor Carlinhos Cachoeira. Na época, houve grande estranhamento e o criminalista mais caro do Brasil, e provavelmente do mundo, viu-se coberto de críticas por todos os lados.

Afinal, não pegava bem para um ex-ministro da Justiça defender um contraventor cujas primeiras acusações, inclusive, datam de seu mandato no Ministério. Aposto como não fui o único que se questionou acerca da idoneidade das relações entre defensor e acusado. Até o presente momento nada nas investigações confirma estas suspeitas e minha língua está devidamente queimada.

Mas todo o resto está ruindo. A começar pela reputação de melhor criminalista do Brasil. Afinal, ele não conseguiu passar um único habeas corpus em favor de seu cliente nestes cinco meses! Em que pese a dificuldade do caso, é uma marca expressiva para o advogado que é (era) considerado o melhor criminalista brasileiro.

Márcio Thomaz Bastos afirmou estar impelido pelo desafio que seria defender Cachoeira. Não estava. Sua maior motivação, como já parecia óbvio naquela época, foi financeira. Mas o seu principal prejuízo não foram os 10 milhões de reais que ele deixará de receber, mas sim a marca indelével que o caso Cachoeira deixa em sua carreira.

Você contrataria um advogado caríssimo sabendo que ele abandonou seu último cliente à sorte? Eu não.

Em tempo: do jeito que o caso Cachoeira tem deixado um rastro de sangue em Goiás, toda a cautela do Mundo é recomendada ao ex-ministro.




30 de jul. de 2012

Paes confirma: bom tempo é resultado de ação da prefeitura

RIo de Janeiro - Em comunicado oficial, o prefeito da cidade do Rio de Janeiro Eduardo Paes disse que as altas temperaturas e o bom clima da cidade nos últimos dias, apesar do inverno, foram obra da prefeitura.

- A prefeitura, com a ajuda da nossa parceira em grandes eventos, a Fundação Cacique Cobra Coral e de investimentos do Governo Estadual, garantiu aos cariocas uns dias de sol no meio do rigoroso inverno do Rio de Janeiro, porque sabemos como nosso povo gosta de uma praia - confirmou o prefeito com exclusividade ao Potemkin. Quando faz frio na cidade é que as pessoas mais precisam de mim, completou.

Ele também disse que já está encomendando placas para colocar ao redor da cidade - todas de maneira irregular segundo o decreto promulgado pelo próprio prefeito no início deste ano - para que os moradores possam saber a origem das benesses.

- É muito importante que a cidade se lembre de mim agora, teria dito Paes a um assessor.

Ele aproveitou a ocasião para lembrar que a prefeitura não se responsabiliza pela questão da violência na cidade e, quando questionado sobre os engarrafamentos, negou veementemente a existência destes no Rio e sugeriu que a equipe de reportagem "procurasse o Kassab".

A redação também tentou entrar em contato com o Governador Sérgio Cabral, mas as ligações para Paris estão muito caras.