21 de jan. de 2010

Bang!

Ele acordou e pegou o jornal.

Para variar, estupros, sequestros, tiroteios(sem contar aquele que o acrodara no meio da noite), guerra de gangues, guerra de traficantes. As mesmas histórias tristes e os mesmos finais sem graça.

A coisa estava tão feia que até no caderno de esportes tinham notícias de guerra.

No ônibus, não se falava em outra coisa que não o tiroteio que não deixou ninguém dormir.

Assim como durante o dia, no trabalho.

O Rio respira e vive violência.

Já tarde da noite, salta do ônibus. Deus sabe como as ruas do Grajaú ficam desertas a essa hora.

De repente, o som de passos e uma figura sombria atraem sua atenção.

Ele aperta o passo.

O assaltante(sim, a essa hora ele já tinha se convencido que seria vitima de um assalto) também.

Ele muda de direção, faz caminhos tortuosos, mas a sombra insistia em segui-lo.

Já assustado, sentindo o peso da violência e com medo de sair no jornal como um obituário, ele começa a correr.

De repente, um grito ecoa pelas ruas escuras:

-Por favor, não me deixa sozinho aqui! Eu tô com medo também.

Obs:Bom agora que todo mundo já leu, eu tenho uma confissão.

Essa história é veridica e aconteceu com o tio de um amigo meu.

Como ele não deve querer ter o nome associado a esse blog, eu decidi manter o Godinho no anonimato.

Valeu cara.

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