12 de set. de 2012

A democracia vem a cavalo

Os líbios acabaram de garantir uma passagem só de ida para a democracia.

Eu não sei se foi planejado ou espontâneo, mas foi certamente idiota. Atacar um consulado está no topo da lista de "10 coisas para se fazer quando se quer começar uma guerra". Atacar um consulado dos Estados Unidos, em condições normais, já seria algo próximo do suicídio. Ainda mais na Líbia e ainda mais nas conjunturas atuais.

Se tivesse um bolão para qual país seria invadido pelos EUA após a primavera árabe, eu apostaria pesado na Líbia. Tem todos os pré-requisitos básicos: instabilidade, risco ao Ocidente (muito perto da Europa) e, principalmente, petróleo. E agora eles tem um pretexto.

Não o mais forte dos pretextos talvez, mas com a opinião pública - uma força extremamente poderosa nos EUA, ainda mais em época de eleições presidenciais - clamando por justiça, Obama não terá outra opção a não ser entregar, numa bandeja, a cabeça dos assassinos. Ou os americanos elegerão quem o faça.

Em tempo: provavelmente foi algo planejado, afinal são poucas as pessoas que andam, habitualmente, com morteiros e lançadores de granadas. Mas, cobrindo a pequena possibilidade de ter sido espontâneo, eu gostaria de saber: quem foi o imbecil que decidiu levar morteiros para uma passeata contra um filme anti-Islã.

P.S: Acho que não causaria dano nenhum à imagem da comunidade muçulmana se eles parassem de atacar embaixadas sempre que alguém fala alguma coisa de Maomé.

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